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Direitos Humanos / 26/10/2017

ERRADICAÇÃO DA POBREZA E A ESPIRITUALIDADE

ERRADICAÇÃO DA POBREZA E A ESPIRITUALIDADE

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ERRADICAÇÃO DA POBREZA E A ESPIRITUALIDADE - Por kenya Souza - MTB: 76604

Fonte kenya Souza - MTB: 76604

ERRADICAÇÃO DA POBREZA E A ESPIRITUALIDADE

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU número 1 diz: “Acabar com a pobreza Espiritualidade como forte aliada na erradicação da pobreza mundial em todas as suas formas, em todos os lugares”.

O dia 17 de outubro a ONU (Organização das Nações Unidas) consagra como o dia da erradicação da pobreza.

Há quase 70 anos, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a ONU já afirmava que toda pessoa humana tem direito à segurança alimentar, à moradia, ao trabalho, à saúde e à educação.

É fato público que o número de pobres tem aumentado no mundo todo. Isso ocorre não apenas como uma fatalidade do destino ou acidente da natureza e sim como consequência do modo de organização injusta da sociedade o que agrava a diferença entre pobres e ricos. Atualmente, se considera mais próspera a empresa com menor número de funcionários, pois maiores são os lucros. E assim o desemprego se torna destino de uma imensa multidão de homens e mulheres que têm suas condições de vida deterioradas.

Segundo o relatório Oxfam 2017, oito pessoas no planeta possuem individualmente a riqueza correspondente à metade da parte mais pobre da humanidade. O abismo da desigualdade chega ao extremo, condena à pobreza centenas de milhões de pessoas e evidencia a iniquidade do atual sistema econômico.

A pobreza pode ser combatida por medidas conjunturais, mas se não vamos até a raiz doente da árvore, não conseguiremos curá-la. Se um sistema social está envenenado não pode ser sanado pelo uso do mesmo veneno que o deixou mal.

Essa própria realidade grita à consciência da humanidade e de toda pessoa que busca aprofundar um caminho espiritual. Só a solidariedade social, a espiritualidade e uma política econômica justa e humanitária poderá nos unir no grande mutirão para libertar a humanidade da pobreza, da fome e da desigualdade social, erradicar a pobreza, reduzir a desigualdade e garantir um desenvolvimento econômico justo e sustentável. É uma questão moral de justiça social, direitos humanos e ética fundamental.

Acredito que este seja o caminho do projeto divino para o mundo, mesmo se ainda parcial e com defeitos. Conforme o evangelho, Jesus afirmou: “O reino de Deus não virá de fora. Ele está entre vós e em vós” (Lc 17, 21). Mas como colocar em prática as palavras divinas se a caridade é vista como esmola? Se as religiões competem entre si? Se o que “A” acredita é diferente do credo de “B”? A resposta seria a união das religiões e a espiritualidade de cada um sem julgamentos, sem exceções e em prol de um único objetivo: a erradicação da pobreza extrema, reduzir a desigualdade e garantir um desenvolvimento econômico justo e sustentável.

Todos nós temos a responsabilidade pelo mundo em que vivemos e ela envolve não só os governantes, mas toda a sociedade. Por meio da espiritualidade e da caridade, as pessoas e as comunidades são convidadas a se mobilizar a partir dos locais em que vivem tomando iniciativas e que unam diversas expressões religiosas e todas as pessoas na promoção da justiça, paz e assim concretizar a erradicação da pobreza e da fome e assim, cada vez, mais nossa espiritualidade se aprofunda.

É preciso nos educar e educar nossas crianças de forma que cresçam adultos éticos, justos e solidários. É extremamente necessária a educação nos lares, nas escolas e nas universidades com espiritualidade conteúdo solidário, altruísta, formando o caráter de crianças e jovens que serão amanhã os cidadãos que vão ocupar posições na sociedade de decisão, que serão agentes transformadores de um mundo justo e feliz, o qual todos nós estamos destinados por natureza.

A pobreza mundial não é somente a falta de recursos mas também a falta de amor, de espiritualidade.

“Quando um pobre morre de fome, não é porque Deus não cuidou dele. É porque nem você nem eu quisemos dar a ele o que ele precisava.” Madre Teresa de Calcutá.

Por: Kenia A. Souza – MTB: 76604


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